Se o momento do time é ruim, a culpa recai sobre o técnico. Os dirigentes do futebol brasileiro podem não admitir essa ideia abertamente, mas é o que demonstram na prática. Em 28 rodadas no Campeonato Brasileiro Adilson Batista foi o 28º treinador a deixar o cargo. Isso sem contar os interinos como é o caso de Sérgio Baresi, que dirigiu o São Paulo por 14 rodadas, sem jamais perder o estigma de temporário, até a contratação de Paulo César Carpergiani nesta semana. Se considerarmos os interinos, o total de alterações nos comandos das equipes chega a 39 em 2010. Apenas três equipes da Série A têm o mesmo comandante desde o início da disputa: o líder Fluminense, de Muricy Ramalho, o Botafogo, de Joel Santana, e o Guarani, de Vagner Mancini.
A solução no próprio clube: Com o
mercado inflacionado e os nomes mais badalados empregados, vários times tem buscado a solução de efetivar técnicos que já trabalham no clube, na maioria das vezes em categorias de base. Esses profissionais cobram salários menores e muitas vezes se dão bem no cargo pois conhecem bem o clube e conseguem promover jogadores da base, por outro lado sofrem mais pressão de imprensa e torcida e caem com maior facilidade quando os resultados não aparecem.
Na Europa, os treinadores ficam no cargo por muito mais tempo do que no Brasil. Podemos citar dois exemplos na Inglaterra: Arsène Wenger, é treinador do Arsenal desde 1996 e Sir Alex Ferguson, que incrivelmente, está há 24 anos na posição de treinador do Manchester United. Outro treinador que se manteve por muito tempo no cargo foi Rafa Benítez, que comandou o Liverpool por 6 anos, e hoje está na Inter de Milão.
Para finalizar, na minha opinião trocar técnico não é a solução na maioria dos casos. Os dirigentes de todo o Brasil deveriam ter um pouco mais de paciência antes de sair demitindo o seu treinador. Há muitos outros fatores que fazem com que o time caia de rendimento e consequentemente perca os jogos.
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