Os dois maiores (e mais conhecidos) clubes do Futebol Argentino andam de mal a pior. E não é apenas a má fase no Clausura, o torneio nacional, que preocupa. Boca Juniors e River Plate fizeram (o 2º ainda irá disputar repescagem) nesta temporada contas contra o rebaixamento, um fantasma que nunca fez parte da história da dupla de rivais.
Confesso a vocês que não acompanho de perto o Campeonato Argentino, mas a atual situação dos dois clubes me chamou muito a atenção. No Brasil, sempre temos casos de grandes clubes que entram em crise e acabam caindo para 2ª divisão, como Corinthians, Grêmio, Atlético/MG, Palmeiras, e por aí vai...Em outras partes do mundo temos grandes clubes que caem devido à uma série de problemas. Na Inglaterra, por exemplo, vemos grandes clubes disputando a Championship (2ª divisão), na Itália também, assim como na Espanha e Alemanha. Clubes de torcida, populares, mas que não tiveram estrutura para se manter entre os grandes do país. Está claro que para um clube se sustentar é preciso ter muito mais que torcida e sócios. É preciso ter capital para investir em grandes atletas, em infra-estrutura, em profissionais qualificados para que no futuro esses investimentos sejam transformados em títulos.
Bom, mas não fugindo do assunto principal do post, a situação do
River é (bem) mais complicada que a do rival. A equipe vive a pior fase da história do clube, hoje na partida conta o Lanús, jogando em casa, foram derrotados por 2 x 1 e agora terão que disputar a chamada "Promoción" contra o Belgrano, quarto colocado da Segundona. As equipes farão duas partidas, uma em cada casa, e os "Millonários" jogam com a vantagem de decidir no Monumental e de resultados "iguais" (empates ou derrota e vitória que empatem no saldo de gols).
Além disso, o River Plate tem graves problemas financeiros, sendo o clube que mais deve dentre os grandes. Segundo o último balanço divulgado, a cifra chegaria a R$ 90 milhões.
Daniel Passarela assumiu a presidência há pouco mais de um ano e tem feito uma política de contenção de gastos e prolongamento de contratos. Perdeu jogadores importantes, como Loco Abreu e Falcão Garcia, e não consegue repor peças à altura. Atualmente, a principal esperança da equipe é o jovem meia de ligação Erik Lamela, de 19 anos.
Do lado do Boca, o técnico Alfio Basile tem problemas de rixas entre ídolos e jogadores mais novos. Ídolos como Riquelme e Battaglia (e antes Palermo, agora aposentado) não estão mais rendendo o que podem. Apesar de não estarem tão bem assim na tabela e não estarem disputando a Libertadores, o Boca não vive problemas financeiros, como o rival, consegue trazer muitos reforços importantes, paga salários em dia. Falta somente o time encaixar e as peças principais voltarem a jogar como antes, assim como os reforços.
Para terminar, todos sabemos que Boca e River não participam da maior competição de clubes da América do Sul, a Libertadores, desde 2009 e provavelmente não participarão da edição de 2012. O River na temporada que vem não poderá se contentar nem com um Sul-Americana, tamanha a medíocridade da sua campanha no Clausura 2011. Grande chance para os brasileiros conquistarem mais uma Libertadores, já que os "bicho-papões" não estarão presentes mais uma vez.
Por hoje é isto. Abraços à todos!
Atualização: Neste momento o RIVER PLATE, está REBAIXADO para a segunda divisão argentina. Perdeu o primeiro jogo por 2 x 1 e empatou o segundo em casa (1 x 1) com o Belgrano.
O drama de dois gigantes
domingo, 19 de junho de 2011
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Sobre o autor
Danilo Moraes é blogueiro e editor há pouco mais de 2 anos. Apaixonado por futebol, é daqueles que larga tudo para acompanhar uma boa partida. Vai escrever tudo que (acha) que sabe nesse espaço.
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Categorias:
Futebol Internacional,
Libertadores
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